terça-feira, 9 de junho de 2009

OLEDs flexíveis

A produção de OLEDs flexíveis e com grandes áreas está cada vez mais próxima. A Agfa Materials, parte do grupo belga Agfa-Gevaert Group, a Philips Research e a Holst Centre, um centro de inovação criado pela IMEC (Bélgica) e a TNO (Holanda), demonstraram o primeiro OLED flexível de grandes dimensões que não necessita de ITO como eletrodo transparente e com linhas de circuito impressas. O resultado, patrocinado parcialmente pelo projeto FP7 Fast2Light da União Europeia, elimina  materiais e processos litográficos dispendiosos, o que permitirá a produção em larga escala de OLEDs flexíveis.

           

Para que a produção possa ser realizada com custos baixos é necessário desenvolver um processo  compatível com a produção das películas em rolo. Para isso, o método  tido como mais apropriado passa por eliminar os óxidos condutivos transparentes. Até agora era necessário ITO para suportar a camada de menor condutividade, designada como PEDOT/PSS*. O novo polímero transparente de baixa condutividade Orgacon, produzido  pela Agfa, permitirá ultrapassar a necessidade de utilizar ITO.  A prova física foi demonstrada pela Holst Centre: uma película homogênea, de cor branca, com 12x12 cm2.

Contudo, para obter a distribuição homogênea da luz sem utilizar ITO, é necessário implementar uma estrutura de linhas metálicas para curto-circuitar os segmentos. Os pesquisadores conseguiram depositar estas linhas metálicas com métodos de impressão  por jato de tinta, combinado com o PEDOT/PSS, evitando a necessidade de recorrer a processos litográficos.

 

Os resultados vão ser apresentados e demonstrados na SPIE Optics and Photonics Conference em San Diego (Agosto 2009).

 

* ITO= IndiumTinOxide / PEDOT(/PSS) = Poly(3,4-ethylenedioxythiophene) (/poly(styrenesulfonate)

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