O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), em cooperação com a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), instalou no Brasil, nos últimos dois meses, 14 novas cópias do servidor L da ICANN, um dos servidores-raiz de nomes da Internet.
Para quem chegou agora, servidores-raiz de nomes são uma parte crítica da Internet. Eles são a mais alta hierarquia de servidores responsáveis pela transformação de nomes de sites, como www.idgnow.com.br, em endereços IP (Internet Protocol) usados pelos computadores. Poucos países possuem mais de quatro cópias de servidores DNS raiz. Entre eles estão Alemanha, Austrália, Brasil, China, Estados Unidos, França, Índia, Itália, Japão e Reino Unido.
“Esses novos servidores distribuídos no Brasil fazem parte de um esforço global para melhorar o tempo de resposta, a segurança e a estabilidade do sistema da DNS geral, para todos os usuários”, explica Joe Abley, diretor de operações DNS da ICANN.
Segundo o comunicado distribuído pelo NIC.br, a partir de hoje, as cópias deste servidor-raiz (o l.root-servers.net, administrado pela ICANN) passam a operar juntamente com servidores do domínio .br em 14 dos 20 Pontos de Troca de Tráfego ( os PTTs) responsáveis pela interconexão direta entre as redes que compõem a Internet brasileira.
Os PPTs garantem que o tráfego internet seja resolvido direta e localmente e não através de redes de terceiros, muitas vezes fisicamente distantes. Trocando em miúdos, provedores de acesso e de conteúdo conectados a um PTT controlam melhor o tráfego que entra e sai de sua rede e são capazes de reduzir os custos decorrentes da troca de tráfego, aumentar a segurança, reduzir a latência… Ou seja, de oferecer uma operação mais eficiente e melhor para os clientes da sua rede e para a Internet como um todo”, explica Milton Milton Kaoru Kashiwakura, diretor de projetos especiais e de desenvolvimento do NIC.br.
Agora, pense no ganho ao agregar a tudo isso a resolução de domínios… “Significa que a resolução do DNS vai ser mais rápida, porque vai estar mais próxima da rede do usuários. O tempo de resposta diminui muito”, explica Hugo Koji Kobayashi, gerente de Engenharia e Sistemas do Registro.br/NIC.br.
E não só. “O impacto mais relevante dessa nova infraestrutura é o grande aumento na segurança, ao distribuir a conectividade internacional para o serviço de resolução de nomes junto à raiz da Internet dentro do país, e de forma independente”, explica Frederico Neves, diretor de serviços e tecnologia do NIC.br.
Ela distribui por toda a internet brasileira, em nível metropolitano, a capacidade de resolução de nomes e consequentemente a resiliência para suportar possíveis abusos ou ataques ao serviços DNS. “Imagina um ataque de DDoS em um servidor-raiz, na Califórnia. Se ele não for muito bem distribuído, não vai conseguir afetar todas as cópias do servidor”, afirma Kobayashi. O mesmo vale para um ataque direcionado a um servidor de Brasília. Eles só será capaz de afetar os provedores que estiverem conectados ao PTT de Brasília. Todos os demais continuarão operando normalmente.
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