sábado, 12 de maio de 2012

O que é o servidor L?

          O servidor L é um dos 13 servidores originais da Internet no mundo (há dez instalados nos Estados Unidos, dois na Europa e um no Japão). Antes desses 14 servidores L, o Brasil já possuía outros cinco servidores-raiz. Um F, um L e um J localizados em São Paulo, outro J, em Brasília e um I, em Porto Alegre. O que os diferencia? A organização encarregada da sua administração. O servidor L e seus espelhos são gerenciados pela ICANN. O J, pela Verisign. O, F, pelo ICS – Internet Systems Consortium. O I, pela Netnod.
          Uma limitação tecnológica impede que os servidores originais sejam mais de 13. Por isso, foi desenvolvida uma técnica chamada “anycast”, que permite criar clones desses servidores-raiz, chamados de servidores espelhos, que uma vez operativos, não podem ser distinguidos dos originais. O Brasil, portanto, acaba de receber 14 novas cópias anycast do servidor L da ICANN.
           O acordo que permitiu a implementação dessas cópias do servidor raiz “L” na América Latina e o Caribe (região a qual pertence o Brasil, foi assinada pela ICANN e o Registro de Endereçamento da Internet da América Latina e o Caribe (LACNIC) em março deste ano.
           Desde 2010, o Brasil era uma dos poucos países do mundo a ter servidores espelhos da Internet operando no país: cinco. O primeiro deles começou a operar em 2003, já com o objetivo de diminuir o tempo de resolução de nomes de todos os domínios, baratear os custos de interconexão de rede e aumentar a autonomia e a confiabilidade no acesso global ao DNS por brasileiros.
          Até 2003, o internauta que precisasse acessar os servidores-raiz mais próximos levava aproximadamente mais de 100 milissegundos para obter a resposta, o que tornava a navegação mais lenta. Com esses novos servidores, uma rede conectada aos PTTs realizam o mesmo procedimento em menos de 10 milissegundos.

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