terça-feira, 29 de novembro de 2011

Microlâmpadas de plasma superam eficiência dos LEDs
     A lâmpada brilha por inteiro, aquecendo menos do que um LED. [Imagem: Eden Park Illumination]


Microplasma


   A ideia quase ingênua de um aluno parece ter sido o suficiente para que engenheiros inventassem um novo sistema de iluminação.
   Segundo eles, a tecnologia de microplasma produz um novo tipo de lâmpada que é mais eficiente do que tudo o que se conhece até agora, incluindo as lâmpadas fluorescentes compactas e até os LEDs.
   "O estudante se aproximou de mim com um pedaço de silício e me perguntou, literalmente, 'Você se importa se eu fizer um pequeno furo nesta placa e tentar produzir um plasma dentro do buraco?'," conta o Dr. Gary Eden, da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos.
   Pouco depois, o estudante tinha um plasma dentro de um furo com apenas 400 micrômetros de diâmetro - o precursor da tecnologia que ele e seu agora colega Sung-Jin Park estão tentando comercializar, depois de mais de uma década de aperfeiçoamentos.
   Inicialmente a luz emitida era adequada apenas para aplicações médicas. Alguns anos depois, as microlâmpadas de plasma já brilhavam em luz visível, superando as lâmpadas incandescentes.

   Agora elas parecem ter superado tudo o que se conhece em termos de iluminação.

Lâmpada de plasma

   O plasma, um gás ionizado, frequentemente chamado de quarto estado da matéria, já é utilizado nas lâmpadas fluorescentes e está saindo de moda nas telas de TV, onde está sendo substituído pelos LEDs - os pesquisadores chegaram a demonstrar que sua tecnologia é superior à das telas de plasma no mercado, mas eles parecem ter perdido o "timing" da indústria.
   A chave para o desenvolvimento está na relação entre diâmetro e pressão, essencial para se obter plasmas estáveis.
   Nos minúsculos furos, feitos em placas de alumínio, a pressão do plasma é muito alta, fazendo com que ele consuma menos energia e aqueça menos a estrutura, ainda assim produzindo luz de alta qualidade - enquanto as telas de plasma das TVs são conhecidas por seu aquecimento e alto consumo de energia, as lâmpadas de microplasma geram menos calor do que os LEDs.


Microlâmpadas de plasma superam eficiência dos LEDs
     Enquanto as telas de plasma das TVs são conhecidas por seu aquecimento e alto consumo de energia, as lâmpadas de microplasma batem todos os concorrentes. [Imagem: Eden Park Illumination]


   Os protótipos até agora desenvolvidos medem 15 x 15 centímetros, por 4 milímetros de espessura, incluindo o vidro para prender o plasma nos microfuros e revestimentos poliméricos extras de proteção contra quebra.
   Essas pequenas placas têm 250 mil furos, o que faz com que elas brilhem por inteiro - ao contrário de um refletor de LED, onde você vê as pequenas lâmpadas de estado sólido lado a lado.

Produzir barato para vender barato

   As lâmpadas fluorescentes também geram luz por plasma, mas perdem eficiência por causa de seu formato em 360 graus. A lâmpada de microplasma, que é direcional, compara-se a uma lâmpada fluorescente de 80 lumens por watt, mesmo tendo apenas 35 lumens por watt.
   Além da vantagem de não conter mercúrio, o alumínio, plástico e vidro usados em sua construção são totalmente recicláveis.
   Quando elas chegarão ao comércio? A depender dos pesquisadores, que já fundaram sua empresa - a Eden Park Illumination - para comercializá-las, muito brevemente.
   Mas eles terão antes que vencer a difícil etapa de convencer a indústria a fabricar suas microlâmpadas de plasma em grandes volumes para que elas atinjam um custo compatível com a concorrência.

   Fonte: Site Inovação Tecnológica.



Definição de Computação em Nuvem

   Depois de anos de trabalho e 15 versões preliminares, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) lançou a definição de computação em nuvem - ou nuvem de computação.
   A definição estabelece uma espécie de "unidade de medida" para essa área emergente, servindo como meio para comparações dos serviços em nuvem e das estratégias de sua implementação, além de fornecer uma base para a discussão do que é exatamente computação em nuvem e quais são as melhores formas de usá-la.
   "Quando as agências ou as empresas utilizam esta definição elas têm uma ferramenta para determinar até que ponto as implementações de tecnologia da informação que estão analisando atendem as características e os modelos de nuvem," diz Peter Mell, do NIST.
   "Isto é importante porque a adoção de uma nuvem autêntica aumenta a chance de que elas colham os benefícios prometidos pela computação em nuvem - redução de custos, economia de energia e implantação rápida. E ajustar uma implementação para a definição pode ajudar a avaliar as propriedades de segurança da nuvem," completa.
   Os pesquisadores receberam uma grande quantidade de feedback, o que exigiu a elaboração de inúmeros rascunhos, ou versões preliminares, que eram então reavaliados pela comunidade.
   Apesar disso, a definição final ficou substancialmente a mesma, e apenas um pequeno número de mudanças foi feito para garantir interpretações consistentes.

Definição de Computação em Nuvem

   Computação em Nuvem é um modelo para acesso conveniente, sob demanda, e de qualquer localização, a uma rede compartilhada de recursos de computação (isto é, redes, servidores, armazenamento, aplicativos e serviços) que possam ser prontamente disponibilizados e liberados com um esforço mínimo de gestão ou de interação com o provedor de serviços.
   Este modelo de nuvem é composto de cinco características essenciais, três modelos de serviço e quatro modelos de implementação.

Características essenciais

Auto-atendimento sob demanda

   Um consumidor pode unilateralmente dispor de capacidades de computação, tais como tempo de servidor e armazenamento em rede, conforme necessário, automaticamente, sem a necessidade de interação humana com cada prestador de serviço.

Amplo acesso à rede

   Recursos são disponibilizados através da rede e acessados por meio de mecanismos-padrão que promovam o uso por plataformas-cliente heterogêneas com qualquer capacidade de processamento (por exemplo, telefones celulares, tablets, notebooks e estações de trabalho).

Agrupamento (pooling) de recursos

   Os recursos de computação do provedor são agrupados para atender múltiplos consumidores através de um modelo multi-inquilino, com diferentes recursos físicos e virtuais atribuídos dinamicamente e redesignados novamente de acordo com a demanda do consumidor.
   Há um senso de independência de localização em que o cliente geralmente não tem controle ou conhecimento sobre a localização exata dos recursos disponibilizados, mas pode ser capaz de especificar um local em um nível maior de abstração (por exemplo, estado, país, ou datacenter).

   Exemplos de recursos incluem armazenamento, processamento, memória e largura de banda de rede.
Elasticidade rápida

   Capacidades podem ser elasticamente provisionadas e liberadas, em alguns casos automaticamente, para se ajustar à escala, crescente ou decrescente, compatível com a demanda.
   Para o consumidor, as capacidades disponíveis para provisionamento frequentemente parecem ser ilimitadas e podem ser apropriadas em qualquer quantidade e a qualquer momento.

Medição do serviço

   Sistemas em nuvem controlam e otimizam automaticamente o uso dos recursos, aproveitando uma capacidade de medição em algum nível de abstração apropriado para o tipo de serviço (por exemplo, contas de armazenamento, processamento, largura de banda e usuário ativo).
   O uso de recursos pode ser monitorado, controlado e posto em relatórios, proporcionando transparência, tanto para o provedor quanto para o consumidor, do serviço utilizado.

Modelos de serviços

Software como Serviço (SaaS - Software as a Service)

   A capacidade fornecida ao consumidor destina-se à utilização dos aplicativos do provedor rodando em uma infraestrutura de nuvem.
   As aplicações são acessíveis a partir de diversos dispositivos clientes, quer através de uma interface "leve" (thin), como um navegador web (por exemplo, web-mail), ou uma interface de programa.
   O consumidor não administra e nem controla a infra-estrutura de nuvem subjacente, incluindo rede, servidores, sistemas operacionais, armazenamento, ou mesmo capacidades de aplicativos individuais, com a possível exceção de configurações limitadas do aplicativo, específicas do usuário.

Plataforma como Serviço (PaaS - Platform as a Service).

   A capacidade fornecida ao consumidor destina-se à infra-estrutura criada ou comprada pelo consumidor para a nuvem, criada usando linguagens de programação, bibliotecas, serviços e ferramentas suportadas pelo provedor.
   O consumidor não administra e nem controla a infra-estrutura de nuvem subjacente, incluindo rede, servidores, sistemas operacionais ou armazenamento, mas tem controle sobre os aplicativos implementados e possivelmente sobre as configurações para o ambiente de hospedagem de aplicativos.
Infra-estrutura como serviço (IaaS - Infrastructure as a Service).

   A capacidade fornecida ao consumidor destina-se ao provisionamento de processamento, armazenamento, redes e outros recursos de computação fundamentais onde o consumidor é capaz de implementar e executar softwares arbitrários, que podem incluir sistemas operacionais e aplicativos.
   O consumidor não administra e nem controla a infra-estrutura de nuvem subjacente, mas tem controle sobre sistemas operacionais, armazenamento e aplicativos implementados, e possivelmente um controle limitado de componentes de rede selecionados (por exemplo, firewalls do host).

Modelos de implementação

Nuvem privada

   A infra-estrutura de nuvem é provisionada para uso exclusivo por uma única organização, compreendendo múltiplos consumidores (por exemplo, unidades de negócio).
   Ela pode ser controlada, gerenciada e operada pela organização, um terceiro, ou alguma combinação deles, e pode existir com ou sem premissas.

Nuvem comunitária

   A infra-estrutura de nuvem é provisionada para uso exclusivo por uma comunidade específica de consumidores de organizações que têm preocupações comuns (por exemplo, considerações referentes a missão, requisitos de segurança, política e compliance).
   Ela pode ser controlada, gerenciada e operada por uma ou mais das organizações na comunidade, um terceiro, ou alguma combinação deles, e pode existir com ou sem premissas.

Nuvem pública

   A infra-estrutura de nuvem é provisionada para uso aberto ao público em geral.

   Ela pode ser controlada, gerenciada e operada por organização empresarial, acadêmica ou governamental, ou alguma combinação delas. Ela existe sob as premissas do fornecedor da nuvem.

Nuvem híbrida

   A infra-estrutura de nuvem é uma composição de duas ou mais infra-estruturas de nuvem distintas (privada, comunitária ou pública) que permanecem como entidades únicas, mas são unidas por tecnologia padronizada ou proprietária que permita a portabilidade de dados e aplicativos (por exemplo, balanceamento de carga entre nuvens).

   A definição completa de computação em nuvem está disponível no endereço http://csrc.nist.gov/publications/PubsSPs.html.